COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

A Articulação das CPTs da Amazônia lança o relatório “Conflitos no Campo Brasil 2022” nesta quinta-feira, 4, às 18h30, no Auditório do Instituto de Antropologia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista. A publicação, elaborada há 38 anos pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) contará com a presença de representantes das CPTs dos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.

Texto: Equipe CPT Roraima

Os conflitos por terra em Roraima tiveram redução de 26,41%, sendo que em 2021 foram registradas 53 ocorrências, e em 2022, 39. O número de famílias envolvidas também apresentou redução, 26,43%. Em 2021, foram 18.917 famílias envolvidas, e 13.917 famílias em 2022. Mesmo com queda nos números, o estado de Roraima continua com elevado número de conflitos e pessoas envolvidas. Assassinatos e ameaças de morte no estado registraram um aumento considerável nesse último ano.

O último governo, que se encerrou no dia 31 de dezembro de 2022, resultou em um saldo preocupante para o país no que diz respeito à violência no campo. No ano de 2022, foram registrados 1.107 conflitos no campo na região da Amazônia Legal, o que representa mais da metade de todos os conflitos ocorridos no país (54,86%). Esse número é o segundo maior já registrado pelo Centro de Documentação Dom Tomás Balduino (Cedoc-CPT), ficando atrás apenas de 2020. O aumento foi de 25,80% em relação ao ano anterior, com destaque para os conflitos por terra.

Já o número de conflitos por terra na Amazônia Legal aumentou mais de 33% em 2022 em comparação com o ano anterior, subindo de 695 para 926 ocorrências. Esse aumento é particularmente preocupante na região da Amazônia Legal, que concentrou 59% de todas as ocorrências do tipo registradas no país. O percentual representa um aumento significativo em relação a 2021, quando a região foi palco de 51% das ocorrências.

Esses dados indicam que a questão da posse da terra na região está se tornando cada vez mais complexa e impactando um número crescente de pessoas. Além disso, a identidade social das pessoas afetadas pelos conflitos também está mudando. Nos últimos anos, houve um aumento considerável nos ataques a povos indígenas na região da Amazônia Legal, especialmente após o início do Governo Bolsonaro. Em Roraima, foram 37 ocorrências e conflito por terra tendo como vítimas povos indígenas. 



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