COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Vítima relatou por telefone que prefeito, o filho dele, e dois jagunços, em carros da Prefeitura de Vazerlândia, foram até a fazenda ocupada pelos quilombolas e os expulsaram a tiros. Comissão de Direitos Humanos da OAB de Minas Gerais manifestou preocupação em relação ao conflito na região.

 

(Por Elcio Pacheco, da Advocacia Agrária-Ambiental)
Na manhã desta quinta-feira (9), segundo ligação de José Carlos de Oliveira Neto, conhecido como Véio, o prefeito Felisberto Rodrigues Neto, acompanhado de dois jagunços - um chamado de ZÉ e outro conhecido por JOÃO - e o filho do prefeito, Danilo, todos em uma caminhonete e em dois carros da prefeitura de Varzelândia, bem como de guarnição da Polícia Militar (PM), foram até a fazenda ocupada pelos quilombolas e os expulsaram a tiros, sem mandado judicial. “Parece que a PM ficou afastada da fazenda, para não aparecerem, pois não tinham mandado judicial”, relatou José.

De acordo com o quilombola, ele só não morreu em razão de ter corrido para não ser atingido pelos tiros de carabina disparados por um dos jagunços sob as ordens do prefeito Felisberto.

Em meados de 2013, a fazenda do prefeito de Varzelândia, em Minas Gerais, Felisberto Rodrigues Neto foi retomada pelos quilombolas de Brejo dos Crioulos, uma vez que se encontra inserida no território quilombola cuja área total deste território negro, demarcada pelo INCRA/MG, é de 17.302,00,00  hectares. Todo o território quilombola foi objeto do decreto de desapropriação expedido em 29/10/2011, pela Presidência da República, após intensa manifestação dos quilombolas em Brasília. 

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Minas Gerais se manifestou com profunda preocupação sobre o conflito no quilombo Brejo dos Crioulos. Teme pelas diversas notícias de ameaças e tentativas de homicídios que ocorrem constantemente contra os quilombolas. E recomenda proteção para o José Carlos de Oliveira Neto.

A referida fazenda está sub judice cujo processo ainda não teve ordem de despejo contra os ocupantes, conforme movimentação abaixo.

 

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