COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

 

29 de setembro de 2011 é mais um marco na história de luta e resistência da Comunidade Brejo dos Crioulos. São muitos anos de luta e aprendizado.

Em Brasília, nos dois dias de mobilização, os quilombolas acorrentados na porta do Palácio do Planalto denunciaram as correntes da violência do latifúndio e morosidade no processo de titularização do seu território.

 

 

Ainda tiveram o apoio e a troca de experiências com outros grupos e lideranças Quilombolas da Bahia, do Rio Grande do Sul, Maranhão e Goiás. Ficou mais do que clara a necessidade de articulação entre as comunidades para enfrentar os ataques do setor ruralista, como também se constatou os poucos recursos do governo destinado a causa quilombola e ineficiência na aplicação dos mesmos.

Às 17h30 horas do dia 29 de setembro de 20011, o decreto de desapropriação do território da Comunidade Quilombolas Brejo dos Crioulos foi assinado pela presidente Dilma Roussef.

Foram dois dias afirmando que "Quilombo não vive cansado, é melhor morrer lutando do que ser escravizado". Luta árdua, sol quente e pouco apoio! A resistência negra continua presente! Do desejo de liberdade constroem-se caminhos.

A luta continua!

Parafraseando o poeta Zé Vicente, agente percebe que os clamores dos negros de Palmares são os mesmos dos negros da Comunidade do Brejo dos Crioulos. Que o Coração do afro continente está batucando no peito do Brasil. A memória comovente, está despertando a história do Brasil!

Parabéns Brejo dos Crioulos pelo caminho construído! Esta importante etapa na luta pelo território é combustível para a luta de todos os quilombos nos recantos do nosso país.

Os Quilombolas são desafiados a: derrubar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN 3239), a qual ameaça o Decreto 4887/2003 (que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras quilombolas) e forjar a continuidade do processo de titulação do seu território.

 

Comissão Pastoral da Terra de MG

Neste período, os quilombolas de Brejo participaram de audiências publicas e reuniões, debatendo e denunciando a violência das milícias armadas, a omissão dos governos e as ameaças do agronegócio a luta Quilombola – além da violência, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN 3239) do DEM e o PDL 44/03 do PMDB.

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