COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

No dia 28 de abril comemoraremos o Dia da Caatinga - Leia o artigo abaixo que fala do Bioma Brasileiro

Texto: Eder Silva*
Foto: Agência Brasil

E a palavra caatinga é indígena, de origem tupi, e quer dizer "mata branca", "mata rala" ou "mata espinhenta". Recebeu esse nome dos índios que habitavam a região, porque durante o período de seca, a vegetação fica esbranquiçada, quase sem folhas.

Por ser um ecossistema unicamente encontrado no sertão nordestino, a caatinga tem suas características próprias, formada por árvores de pequeno porte e com espaços entre si para facilitar sua alimentação, em especial de águas. Essas plantas ou árvores são chamadas de Xerófilas (cujo nome está relacionado aos termos "seco" e "amigos", vindos da origem grega), que tem suas adaptações ao clima semiárido do nosso sertão nordestino, com suas temperaturas acima dos 25ºC e que chove muito pouco nos meses de verão.

E nestas condições, as plantas deste bioma carregam consigo o "mito" de serem plantas que dão água. Já as árvores do bioma caatinga possuem folhas pequenas e muitos espinhos. Também são de raízes longas, para que se ajustem ao solo seco, buscando umidade necessária para crescerem e darem frutos. As espécies não são muito variadas, mas se destacam o xiquexique, o mandacaru, a aroeira e o umbuzeiro. Todas elas tem muita capacidade de reter água em seus caules e folhas, que servem para alimentar a sede de animais e até de seres humanos quando a seca é prolongada.

É importante salientar que a caatinga não está em todo sertão. Nas áreas de maior umidade, elas convivem com os manguezais, os chamados "brejos", que se encontram mais nos sopés de serra e chapadas, onde há maior incidência de chuva na região do nordeste brasileiro.

Já tivemos áreas maiores, porém, como os outros biomas, a caatinga também sofreu o impacto humano. Devastações e as características próprias do semiárido, com solos mais frágeis, inviabilizaram a recuperação biológica do bioma. E uma última curiosidade sobre este bioma: a sobrevivência por lá é real e o semiárido é mais ocupado por vidas humanas e animais. Dentre as espécies animais, destacam-se os mocós, o calango, a cascavel, gatos-maracajás, o carcará e a asa branca. Esses são os principais responsáveis por manterem toda a biodiversidade deste bioma nordestino.

Que neste Dia da Caatinga, possamos entender o quão importante é cuidarmos desta parte da casa comum, para mantermos o equilíbrio do planeta no qual estamos interligados e onde somos um.

Abraços Fraternos e Viva a Caatinga Nordestina Brasileira!

 

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*Eder Francisco Silva - Membro das Pastorais da Ecologia e Comissão de Pastoral da Terra Regional Sul1, e Militante do "Coletivo Direito Pra Quem?".

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