COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Ocorreu na última terça-feira (28), na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Campus Sertão, em Delmiro Gouveia (AL), o lançamento do Caderno Conflitos no Campo Brasil 2017. A publicação é elaborada anualmente pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). No mesmo evento, foi lançado o livro “Águas para Que(m)? Um debate importante sobre o tema”, de autoria de Anderson Camargo.

(Texto e fotos: CPT/AL)

A CPT/AL foi representada pela coordenadora Heloísa do Amaral, que compareceu com camponeses do Acampamento São Francisco. Também estiveram presentes o professor Claudemir Martins, autor do artigo desta 33ª edição do relatório intitulado: "Luta camponesa, indígena e quilombola face a barbárie do agronegócio no Brasil: a contrarreforma agrária se aprofunda em tempos-espaços de golpe!"; Anderson Camargo, autor do livro lançado na ocasião e doutorando na UFPE; Janmisson Silva, do MST; e Mardônio Alves da Graça, coordenador executivo da Cooperativa dos Bancos Comunitários de Sementes - Coppabacs.

Entre os dados mencionados, Heloísa citou o assassinato de 71 decorrentes de conflitos no campo em 2017. Este último relatório tem como destaque o número de assassinatos – o maior dos últimos 14 anos. “Foram 10 assassinatos no campo a mais que no ano anterior, quando foram registrados 61 assassinatos, 31 destes assassinatos ocorreram em 5 massacres, o que corresponde a 44% do total. Além do aumento no número de mortes, houve aumento em outras violências. Tentativas de assassinatos subiram 63% e ameaças de morte 13%”, aponta a CPT.

Segundo Claudemir, no encontro, estudantes, camponeses, professores, lideranças de organizações e movimentos do campo discutiram a escalada da violência em tempos-espaços de golpe no ano de 2017. Os presentes debateram a conjuntura nacional e a necessidade da saída pela esquerda, com outro projeto para o campo, no qual a reforma agrária seja uma das centralidades.

“Toda a sociedade e não apenas os indígenas, quilombolas e o campesinato devem abraçar essa luta. Luta pela terra e pela água. Luta pela agricultura camponesa e agroecológica. Luta por alimentos sadios. Luta pela vida. Luta pela democracia. Luta contra o agronegócio que mata, envenena, concentra terra e reproduz poder, miséria e riqueza nas mãos de poucos”, disse Claudemir em seu relato.

A atividade foi organizada pelo Observatório de Estudos Sobre as Liras por Terra e Território - Obelutte, Grupo de Estudos e Pesquisa em Análise Regional - Gepar e pelo Grupo de Pesquisa sobre Gênero, Trabalho e Territóriosm - Genttes.

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline