COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Atividade faz parte da programação do 8 de março.

A equipe da Comissão Pastoral da Terra em Marabá (PA), junto a outros movimentos, entidades e universidade, convida a todas e todos para participarem da Roda de Conversa: Mulheres camponesas, pandemia e resistências femininas na fronteira, nos dias 10 e 11 de março, das 14h às 17h30. O evento, parte da programação do 8 de março, será realizado em formato virtual, via plataforma de web conferência.

O atual contexto não tem sido fácil frente aos limites e ao sofrimento impostos pelo coronavírus e o capital às famílias brasileiras do campo e da cidade. Isso tem gerado uma crise sem igual; uma crise social, sanitária, ambiental e civilizatória, que tem provocado centenas de mortes em todo o mundo. No Brasil não é diferente, já são 250 mil mortos.

Mais uma vez, a crise tem atingido com mais agressividade as mulheres: aumento do feminicídio, acirramento da desigualdade, da violência doméstica, aumento da carga de trabalho, falta de políticas públicas de saúde para atender as mulheres e suas famílias. Por isso mesmo, e considerando a necessidade de evitar o contágio, o isolamento social ainda se faz importante.



Nesse sentido, objetivo do encontro é perceber a situação atual das organizações de mulheres nas áreas frente a pandemia, discutir sobre a atual conjuntura e seu reflexo na vida das mulheres, m
otivar a organização e a resistência das mulheres camponesas e construir estratégias para a rearticulação dos grupos de mulheres.

O link para participar desse diálogo cheio de afeto, solidariedade e sonhos, será disponibilizado nos dias do evento. Além das educadoras populares da CPT-Marabá, participam as mulheres dos STTRs  e Rondon, Nova Ipixuna, Canaã dos Carajás e Marabá, FETAGRI/Sudeste, GTAE, Fundação Zé Cláudio e Maria e educadoras da Unifesspa e Rede Pública de Ensino.

"Mulheres em casa, mas não em silêncio"

No 8 de março, as Mulheres de Marabá na Luta se mobilizaram para difundir uma carta que denuncia a realidade das diversas violências e opressões sofridas pelas mulheres no Brasil e no município. Diante da impossibilidade de irem às ruas presencialmente, em razão da pandemia, a carta foi lida e transmitida por carros de som que percorreram a cidade.

Leia na íntegra:

Mulheres em casa, mas não em silêncio

Foto: Igor Lopes

Dia 08 de março é dia de expressão da luta, denúncia e organização das mulheres em defesa d sua dignidade em todo o mundo. É dia de denunciar as múltiplas violências que enfrentamos todos os dias, bem como, é dia de anunciar a resistência frente as contradições geradas por essa sociedade patriarcal, racista, capitalista e homofóbica. O Brasil vive tempos de genocídio do seu povo. Mulheres, idosos, pobres e negros são as maiores vítimas dessa tragédia.

Nesse 08 de março é preciso denunciar o projeto de morte, empreendido pelo governo Bolsonaro que retira direitos, menospreza, impede e fragiliza medidas de assistência e proteção a população frente a escalada mortal das contaminações pelo novo coronavírus.

Infelizmente, vivemos tempos de fome, milhares de famílias, especialmente, as chefiadas por mulheres, são vítimas da pobreza, fruto da política econômica que favorece os que mais tem e retira daqueles que lutam para sobreviver.

Nessa pandemia, enfrentamos outra tragédia antiga, muitas vezes silenciosa, especialmente, em tempos de isolamento social, que são as múltiplas violências contra as mulheres, especialmente, o feminicídios. Essa realidade só piora. Em Marabá, o noticiário local é tomado por casos, quase diários, de violência contra as mulheres. Em 2020 foram registrados 702 casos de violência doméstica. Sabemos que essa realidade é bem pior.

Fotos: Igor Lopes

Não teremos marcha ou caminhadas presencial esse ano. Estaremos nas ruas com nossas vozes, através de carros de som, pois, ficaremos em casa cumprindo as medidas de segurança, por nós e pelos outros. Em casa, mas não em silêncio, nossas vidas e segurança dependem de nossa denúncia e organização.

Por fim, queremos expressar nossa solidariedade a mais de 260 mil famílias brasileiras, especialmente, as 288 famílias marabaenses que choram seus mortos. Continuaremos mobilizadas até que esse horror diário tenha fim. Por isso, defendemos:

- Fora Bolsonaro/Mourão
- Pelo fim das violências contra as mulheres e impunidade/proteção dos que a cometem
- O fortalecimento do SUS e imediata/ampla vacinação da população;
- Garantia imediata do auxílio emergencial aos que dele precisam.

Marabá/Pará - 08 de março de 2021

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TERRA - MST
MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR MINERAÇÃO - MAM
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA - CPT
MADALENAS TUIRA
SINDICATO DOS BANCARIOS
LEVANTE DA JUVENTUDE, COLETIVO JUNTAS
INSTITUTO ZÉ CLÁUDIO E MARIA
SINDUNIFESSPA
GAC SÃO FÉLIX

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