A Campanha Araguaia Rios Vivos realizou durante todo o ano de 2018, rodas de conversas e coletas de informações em 9 dos 15 municípios que compõem a Prelazia de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso. Na atividade, que será realizada hoje em Porto Alegre do Norte (MT), além de celebrar o Dia Mundial da Água, a CPT equipe Araguaia irá apresentar a síntese dessas informações.
(Cristiane Passos - Setor de Comunicação da CPT Nacional, com informações da equipe CPT Araguaia /
foto: João Zinclar)
Hoje (21) será realizada no Centro Pastoral Padre Josimo (rua Açucena, s/nº, bairro São Geraldo), em Porto Alegre do Norte (MT), uma atividade pública com a síntese das informações coletadas e sistematizadas no decorrer do ano de 2018, relacionadas à Campanha Araguaia Rios Vivos.
O objetivo do Encontro é devolver à população local, o conhecimento e informações coletadas e sistematizadas a partir das rodas de conversa realizadas em nove dos 15 municípios que compõem a Prelazia de São Félix do Araguaia. Ao todo, as rodas de conversa tiveram a participação de um público de mais de 500 pessoas. Além de devolver a essas pessoas as análises feitas a partir dos relatos, a atividade também irá apresentar as reivindicações de indígenas, pequenos produtores e produtoras, estudantes e pesquisadores e pesquisadoras, por exemplo, que participaram dessas ações.
A equipe da CPT Araguaia espera, também, a presença de representantes dos municípios, inclusive dos poderes Executivo e Legislativo, Ministério Público da região, assim como professores, lideranças indígenas e representantes das autarquias de água e esgoto de Porto Alegre do Norte, Confresa e Canabrava, para debater com a população as problemáticas compartilhadas durantes as rodas de conversas.
O intuito da atividade é que esses órgãos e autarquias convidados, possam discutir junto com a população e esclarecer qual o papel, por exemplo, do Executivo e do Legislativo na resolução dessas questões referentes à distribuição de água, conservação do meio ambiente nesse processo e cuidados com a preservação desse bem natural, frente ao aumento da ação do agronegócio na região que, muitas vezes, traz o desmatamento e a contaminação dos mananciais, em detrimento da conservação da natureza e da saúde das comunidades. Da mesma forma, deve ser discutido o que cabe às empresas de autarquia nesse processo.
A CPT espera que esse espaço possa fomentar a criação de instâncias de discussão política e para apresentação de reivindicações, que hoje não existem na região, como, por exemplo, um Comitê da Bacia Hidrográfica.
