COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Por CPT Nordeste 2

Imagem: CPT Nordeste 2

Representantes de comunidades afetadas pelos complexos de energia eólica no agreste de Pernambuco ocuparam, na manhã do dia 10 de abril, a reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Licenciamento de Renováveis, realizada na sede Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC), no Recife.

Moradores das comunidades de Sobradinho, Lagoa da Jurema, Pontais, Laguinha, Pau Ferro, Barroca e de outros sítios vizinhos, todos situados no município de Caetés, reivindicam uma série de ações para reparar os direitos já violados com a instalação de empreendimentos eólicos na localidade. 

As reivindicações englobam desde a suspensão dos processos de licenciamento ambiental para projetos de energia eólica que têm prejudicado e desrespeitado os direitos das comunidades rurais até indenizações justas e a implementação de medidas de reparação dos danos à saúde das famílias impactadas.

Além das empresas responsáveis pelos parques eólicos, o Governo do Estado de Pernambuco também é alvo da mobilização. As comunidades apontam que no GT de Licenciamento de Renováveis, criado pelo governo com o propósito de estabelecer normas para a instalação dessas empresas no estado, não há espaço para a participação dos/as principais afetados/as. Dos 20 assentos do GT, há apenas um ocupado por instituição representante dos trabalhadores rurais. 

Nos últimos anos, os ventos ganharam destaque na matriz energética nacional, com o Nordeste abrigando mais de 800 parques dos cerca de 900 existentes no país. Carregada de um discurso de sustentabilidade, na prática, a energia eólica quando produzida por meio de modelos centralizados se revela insustentável para o meio ambiente e para as populações do entorno. 

Eurenice Silva, agente pastoral da CPT, destaca que “a cada dia que passa, as ações do governo e das empresas de energia eólica têm causado mais indignação às populações do campo. É preciso que o GT tenha espaço para a participação das populações impactadas tenham vez e voz, porque são elas que vivenciam os danos e os prejuízos desse modelo de produção”.

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