COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Cerca de 300 manifestantes protestaram ontem, 30 de junho, em frente à Assembleia Legislativa do Pará contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, afirmando que a obra provocará graves impactos sociais e ambientais na região central do Estado. O protesto ocorreu no momento em que a índia Sheila Juruna e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) recebiam medalhas de honra ao mérito dos deputados por sua luta contra a obra.

(Agência Estado)

Segundo Petronilo Alves, do Movimento Luta Popular, uma das 150 entidades contrárias ao projeto, toda a energia gerada pela usina será distribuída para grandes indústrias e não beneficiará os moradores da região. "Enquanto os grandes empresários pagarão valores simbólicos pela energia, o povo do Xingu pagará uma conta absurda para ter luz em casa", atacou Alves.

Para o sindicalista Denailson Denasuli, o projeto vai afetar de forma negativa as pessoas que vivem em Altamira, Vitória do Xingu e outros municípios onde a usina será construída. Ele disse que as audiências públicas para debater a obra "fracassaram porque não tiveram a participação popular", principalmente das comunidades que serão diretamente afetadas.

Desde que a obra do canteiro da usina começou, em abril passado, 15 mil pessoas chegaram à cidade de Altamira em busca de emprego. A cidade não tem estrutura para abrigar tanta gente e convive com graves problemas sociais. O governo federal montou um escritório da Presidência da República em Altamira para orientar os que chegam sobre as oportunidades de trabalho e antecipar, com recursos, os impactos sociais do projeto.

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline