COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

No dia 14 de março se celebra o Dia Interncional de luta contra as barragens e, também, o aniversário do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Esse ano o movimento completa 20 anos de luta.

No dia 14 de março de 1991, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) foi fundado oficialmente, no 1º Encontro Nacional dos Atingidos por Barragens, realizado em Goiânia (GO). Portanto, hoje comemoramos 20 anos de organização para a defesa das populações atingidas e do meio ambiente, e por um novo modelo energético.

Nesta data de 14 de março, populações atingidas por barragens do mundo inteiro denunciam o modelo energético que tem causado graves conseqüências sociais, econômicas, culturais e ambientais, celebrando o Dia Internacional de Lutas Contra as Barragens, pelos rios, pela água e pela vida.

No Brasil, o MAB  têm organizado muitas lutas em defesa dos direitos dos atingidos, da água e por um projeto energético popular. O fato do Movimento dos Atingidos por Barragens existir a 20 anos, lutando contra interesses tão poderosos no país, já é uma grande vitória política das populações atingidas.

Para celebrar este dia histórico,  os atingidos pela Usina de Belo Monte estão organizando hoje uma grande pescaria no Rio Xingu, em Altamira (PA). Com isso, o MAB quer denunciar os impactos dessa obra e conscientizar a população sobre esta grande ameaça. Os peixes que forem pescados serão partilhados entre as comunidades carentes da região.

Em Rondônia, de 14 a 16 de março estará acontecendo o Encontro dos Atingidos pelas barragens de Santo Antônio, Jirau e Samuel. Na noite de hoje, eles farão o lançamento do relatório que apontou violações de direitos humanos em barragens no Brasil. “Ficaram evidentes a relevância e magnitude dos impactos sociais negativos decorrentes do planejamento, implantação e operação de barragens", aponta o relatório aprovado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, em novembro de 2010.

Ainda nesta semana estará acontecendo o debate sobre Belo Monte pelo Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial, em Belo Horizonte (MG), e o debate sobre a privatização da água em Erexim (RS). Além disso, um grupo de representantes dos atingidos por barragens está em Brasília (DF) discutindo a regulamentação do Decreto Presidencial no 7.342, de 26 de outubro de 2010, que cria regras para cadastramento sócio econômico dos atingidos por barragens, e levando ao conhecimento das autoridades federais as reivindicações dos atingidos por barragens de todo o Brasil.

Como comemoração dos nossos 20 anos de lutas e conquistas, estamos organizando o 1º Encontro Nacional das Mulheres Atingidas por Barragens, que acontecerá em Brasília no início de abril. Cerca de 600 atingidas por barragens estarão denunciando a violação sobre os direitos das mulheres e também o avanço das grandes empresas nacionais e estrangeiras no controle das riquezas naturais do Brasil. A água, a energia, os minerais, as sementes, os alimentos e o petróleo brasileiro são cobiçados pelas multinacionais que só querem lucrar explorando o povo e destruindo a natureza em nosso país.

Para o MAB é necessário construir um novo modelo de desenvolvimento, centrado na busca de condições dignas de vida para a classe trabalhadora. Cada vez mais nosso compromisso é de nos organizarmos e de nos inserirmos nas lutas contra as transnacionais, contra a privatização, contra as altas tarifas da luz, da água e do transporte, pelos direitos dos trabalhadores, na defesa dos rios, da água e da vida.

Água e energia não são mercadorias!

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