16ª Jejum da Solidariedade levantará reflexão sobre direitos dos oprimidos do campo. A CPT realiza o Jejum da Solidariedade desde 1999, sempre no período da quaresma.

 

(Fonte: CPT Alagoas)

A Comissão Pastoral da Terra – CPT/Alagoas – realizará na próxima sexta-feira (27) o 16ª Jejum da Solidariedade às pessoas que passam fome e outras necessidades no mundo, em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), no Centro de Maceió, das 8 horas às 18 horas.

 

Com o tema inspirado nas palavras do Papa Francisco, “Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra e nenhum trabalhador sem direito”, camponeses, agentes pastorais e religiosos farão um dia de jejum e reflexão, sentindo fome de justiça e se solidarizando com a dor dos oprimidos.

 

A CPT/Alagoas realiza o Jejum da Solidariedade desde 1999, no período da quaresma, mais exatamente, na sexta-feira que antecede a Semana Santa, guiada pelos ensinamentos do profeta Isaías: “O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e desfazer qualquer jugo” (Is 58,6).

 

A escolha do Tribunal de Justiça para a realização do Jejum ocorre devido aos mandados de reintegração de posse expedidos pela Vara Agrária no último período, que condena à fome dezenas de famílias expulsas de suas terras e de suas lavouras.

 

Para Carlos Lima, coordenador da CPT, esse Jejum tem uma solidariedade especial às famílias do acampamento Santa Mônica, em Belo Monte, em Alagoas. “Nosso Jejum é também um protesto contra os despejos realizados em 2015, como o que ocorreu em Belo Monte, quando 23 famílias tiveram suas lavouras e casas destruídas. Várias ordens judiciais saíram do Poder Judiciário para beneficiar os abastados e que nunca sentiram fome na vida. Nossa luta e nosso jejum são pelo povo empobrecido”, afirmou Lima, convidando à população para se somar a esse ato de fé, penitência e esperança.