COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

O governo federal marcou uma audiência com a Via Campesina nesta sexta-feira, às 11h, no Palácio do Planalto, para dar uma resposta à pauta apresentada nas mobilizações desta semana. Os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) participarão da reunião com uma comissão da Via Campesina. Os 4.000 trabalhadores rurais acampados em Brasília, além dos mobilizados em 19  estados, esperam o atendimento das exigências para encerrar a jornada de lutas.


(Da Página do MST)

O governo federal marcou uma audiência com a Via Campesina nesta sexta-feira, às 11h, no Palácio do Planalto, para dar uma resposta à pauta apresentada nas mobilizações desta semana.

Os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) participarão da reunião com uma comissão da Via Campesina.

Os 4.000 trabalhadores rurais acampados em Brasília, além dos mobilizados em 19  estados, esperam o atendimento das exigências para encerrar a jornada de lutas.

Já foram realizados protestos em Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

A Via Campesina mantém ocupadas 10 sedes de superintendências regionais do Incra (Alagoas, Espírito Santos, Maranhão, duas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Santa Catarina).

“Temos tido boas reuniões com o governo. A questão é que o diálogo não tem sido traduzido em ação. Essa é nossa insatisfação, essa é nossa indignação. O governo precisa transformar o diálogo em ação concreta para resolver”, disse o coordenador do MST, Valdir Misnerovicz.

"Sem uma resposta positiva, todas as mobilizações se intensificarão em Brasília e nos Estados", projeta Valdir.

As principais pautas em negociação referem-se ao assentamento imediato das 60 mil famílias acampadas, a recomposição do orçamento do Incra para obtenção terras e a renegociação das dívidas da agricultura familiar, composta em R$ 30 bilhões.

Os R$ 530 milhões para desapropriações de terras para 2011 já foram executados e o orçamento para o ano que vem pode sofrer um corte de R$ 65 milhões.

Os trabalhadores cobram medidas contra o fechamento de  escolas no meio rural. Nos últimos oito anos, mais de 24 mil foram fechadas no meio rural, segundo dados do Censo Escolar do INEP/MEC (2002 a 2009), e da Pesquisa de Avaliação da Qualidade dos Assentamentos da Reforma Agrária INCRA (2010).

As mobilizações fazem parte do Acampamento Nacional da Via Campesina, com quatro mil trabalhares e trabalhadoras rurais reunidos desde segunda-feira no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília.

O acampamento integra a Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária que acontece em todo o Brasil desde o dia 22 de agosto, com dezenas de mobilizações em pelo menos 17 estados.

A Via Campesina é uma articulação internacional de movimentos sociais camponeses. No Brasil, é integrado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pescadores e Pescadoras, Quilombolas, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), além do Sindicato dos Trabalhadores da EMBRAPA (Sinpaf), da Federação dos Estudantes de Agronomia e da Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal.

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