COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Acontece nesta manhã (05/04), em Porto Velho (RO), um ato público em solidariedade aos trabalhadores e atingidos pelas usinas de Santo Antônio e Jirau. Cerca de 400 atingidos, camponeses e operários estarão concentrados na Praça Madeira-Mamoré desde as 10 horas da manhã e seguirão em marcha pela Avenida 7 de Setembro, finalizando o ato na Rua Marechal Deodoro.

Com o protesto, os trabalhadores e atingidos querem dialogar com a população e convocá-la a defender os trabalhadores. Além disso, querem fortalecer a organização operária e camponesa e divulgar as ações dos sindicatos, movimentos sociais e entidades parceiras. A unificação das lutas entre operários, atingidos e camponeses tem como objetivo cobrar melhores condições de vida e de trabalho para todos os operários das usinas e também para os atingidos que estão sendo expulsos sem receber seus direitos.

Conforme Océlio Muniz, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), os trabalhadores e os atingidos são desrespeitados e maltratados. “Esta situação tem como culpados as empresas dos consórcios que constroem as usinas, que somente querem altas taxas de lucro para enviar para seus países, enquanto a população da região vive na miséria”, afirmou Muniz. “Nossa manifestação, unificando diversos sindicatos dos trabalhadores e movimentos sociais, representa uma resposta frontal e definitiva às empresas das usinas de que não aceitaremos a superexploração do trabalhador e a violação dos direitos dos atingidos”, finalizou.

Em nota, diversos movimentos sociais, igrejas e organizações populares do Brasil também manifestaram apoio. Segundo a nota, a grande maioria dos operários recebe salários extremamente baixos e são vítimas de longas jornadas e péssimas condições de trabalho e segurança, sofrem violência e perseguição e convivem com transporte de má qualidade.

“Os operários, assim como a população atingida, estão sendo vítimas de uma brutal exploração e opressão, imposta pelas empresas responsáveis por estas usinas, para acelerar a construção das obras e antecipar o final de sua construção. Essa tem sido a realidade constante destes trabalhadores e trabalhadoras que, através de suas greves e mobilizações, vêm denunciando e cobrando soluções imediatas”, declaram a entidade que assinam.

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