COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

O documentário será lançado neste sábado (23), no Centro Hugo Chaves, em Corumbá (GO). O lançamento acontece dois meses após o despejo das mais de três mil famílias que estavam acampadas no complexo de fazendas do senador Eunício Oliveira.

 

(Fonte: Da Página do MST)

 Dois meses após o despejo das mais de 3 mil famílias que estavam acampadas na fazenda do senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE), no município de Corumbá, em Goiás, o Comitê de Apoio e Solidariedade ao Acampamento Dom Tomás Balduíno lança um documentário que resgata o processo de luta e denuncia o descaso do Estado brasileiro com os trabalhadores/as sem terra.

O documentário tem duração de 24 minutos e será lançado no dia 23 de maio, a partir das 18 horas, no Centro Hugo Chaves, em Corumbá. O vídeo já foi exibido no Congresso de encerramento da Pós Graduação em Direitos Sociais do Campo, no Campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) e também na abertura da II Jornada Universitária em Apoio a Reforma Agrária na Cidade de Goiás, também no estado.

No dia 31 de agosto de 2014, mais de três mil famílias do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) ocuparam o Complexo Agropecuário Santa Mônica, em Corumbá de Goiás. Latifúndio de propriedade do senador Eunício de Oliveira, que detém mais de 90 imóveis na região, totalizando cerca de 30.000 hectares. Após seis meses de intensas reuniões com diferentes frentes do Governo Federal e Estadual e de muitos requerimentos a favor das famílias, na esfera judiciária, as famílias foram obrigadas a deixarem a área da fazenda do parlamentar, vitimizadas pelo interesse do poder econômico.

O Governo Federal se comprometeu em assentar as famílias no prazo de 60 dias, realizar vistoria do cumprimento da função socioambiental da terra do Complexo Agropecuário Santa Mônica e fazer levantamento da cadeia dominial de todo o latifúndio. No entanto, a promessa de assentamento das famílias não foi cumprida e estas continuam organizadas nos acampamentos do MST em Alexânia e Vila Propício, bem como, na área do Centro Hugo Chaves em Corumbá, todas essas áreas em Goiás.

As famílias Sem Terra nomearam a ocupação deste latifúndio com nome de Dom Tomás Balduíno em homenagem ao bispo goiano que dedicou sua vida em defesa dos camponeses, dos indígenas, dos direitos humanos e da justiça social.

Assista ao documentário:

No caminhar desse processo de luta e de enfrentamento direto ao grande latifúndio com a constituição do Acampamento Dom Tomás Balduíno, vimos surgir importantes manifestações de apoio e solidariedades de diferentes parceiros e instituições, que se posicionaram e se somaram na luta do acampamento.

Como fruto desse processo, houve a instituição do Comitê de Apoio e Solidariedade ao Acampamento Dom Tomás Balduíno como um espaço permanente de diálogo, colaboração e fortalecimento da luta do acampamento. Dentre os integrantes do comitê destacam-se: professores/as e estudantes da UFG, professores/as e estudantes do grupo GWATA da UEG, Irmãs Franciscanas, representantes da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Levante Popular da Juventude.

 

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