COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Movimentos sociais do campo ocuparam o Ministério da Agricultura em Brasília na manhã desta quarta feira (16), em Brasília. O objetivo da mobilização é reivindicar que o governo promova desapropriação de terras para a Reforma Agrária, institua uma política econômica de crédito para os camponeses e encontre uma solução definitiva das dívidas.

 

(MST)

De acordo Alexandre Conceição, da Coordenação Nacional do MST, a jornada unitária, que faz parte das ações conjuntas dos movimentos para se enfrentar o agronegócio, é uma forma de pressionar o governo para que desenvolva políticas publicas agrárias para o campo.

“O governo Dilma abandonou a Reforma Agrária. Enquanto o agronegócio avança sem limites de regras democráticas na agricultura brasileira, o campesinato sofre com a falta de desapropriação de terras, com o endividamento crônico e a ausência de uma política econômica de crédito”, afirma.

Hoje no Brasil, cerca de 800 mil famílias camponesas estão atoladas no endividamento crônico. O governo não apresentou nenhuma medida efetiva para solucionar a questão.

Para o secretário de políticas agrárias da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Zenildo Pereira, a unidade camponesa se faz necessárias para intensificar o processo de luta e resistência ao avanço do agronegócio no campo. 

“Essa ação conjunta pauta a Reforma Agrária e nosso posicionamento contra o agronegócio que avança de maneira feroz sobre o campesinato brasileiro, somos contra o grande projeto de desnacionalização que diariamente põe em risco a soberania do povo brasileiro” salienta.

Os povos ribeirinhos também tem sofrido com essa ofensiva do capital, constantemente seus territórios vem sendo ameaçado por suas diversas formas de atuação. Para Marizélia Carlos, do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP), “a defesa da soberania alimentar está ligada a defesa dos nossos territórios, pois é lá que produzimos alimentos saudáveis. O ministério da Pesca está com um projeto de aquicultura em grande escala que visa a privatização das águas públicas e põe em risco a população ribeirinha que tem a pesca artesanal como modo de vida”, denuncia.

Jornada Unitária de Lutas por Soberania Alimentar

No último período, as lutas e mobilizações dos movimentos sociais do campo tem ocorrido de forma unificada para pressionar o Estado brasileiro em uma maior dimensão. 

O intuito é afirmar a luta dos povos campesinos brasileiros pelo direito à terra e dar continuidade ao processo de unidade dos respectivos movimentos. Nesse sentido é que desde esta terça feira, 15, em diversos estados vem sendo realizadas várias ações e exige que o governo deixe de ser refém do modelo do agronegócio e faça Reforma Agrária no Brasil.

No ES mais de 1500 camponeses chegam na capital dando início à Jornada Nacional de Lutas
Vindos de mais de 30 municípios do Espírito Santo, camponeses e camponesas do Movimento dos Pequenos Agricultores ocuparam a secretaria de agricultura do estado. O Movimento cobra respostas efetivas do estado quanto à demanda da agricultura camponesa, historicamente ignorada e marginalizada.

MPA ocupa unidade de pesquisa da Monsanto em Petrolina

Na manhã desta terça-feira (15) cinco mil camponeses e camponesas do nordeste, organizados/as no Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), ocuparam a 36ª Unidade de Pesquisa da Monsanto no Brasil, localizada no distrito de irrigação Nilo Coelho, em Petrolina/PE.

Em Rondônia, MPA ocupa prefeitura municipal de Jaru

Mais de duzentos camponeses organizados pelo MPA ocuparam ontem (14) o prédio da prefeitura de Jaru, em Rondônia. A mobilização faz parte das ações da jornada nacional de lutas por soberania alimentar que acontece entre os dias 14 a 18 de outubro em todo o Brasil.

Via Campesina ocupa sede do Incra em Porto Alegre

Na manhã desta terça-feira, 15, cerca 1200 trabalhadores ligados à Via Campesina, ao Movimento dos Trabalhadores Desempregados, à Federação dos Metalúrgicos e ao Levante Popular da Juventude, ocuparam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em Porto Alegre/RS. Em pelo menos 11 cidades do interior do estado estão ocorrendo ocupação das agências bancárias.
Atingidos por barragens ocupam Departamento Nacional de Produção Mineral, em BH

Na manhã desta terça-feira, 15, centenas de atingidos por barragens ligados ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no estado de Minas Gerais ocuparam Departamento Nacional de Produção Mineral, em Belo Horizonte. A ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas que acontece nesta semana em diversas regiões do país.

Repúdio à privatização das águas no Brasil fará parte da Jornada de Lutas em Brasília
MPP aproveitará mobilização nacional para denunciar a violação dos direitos de pescadores e pescadoras, entre elas, a política de incentivo à privatização de corpos d’águas no país.

Em Santa Catarina, a Via campesina ocupa o Incra e pressiona por Reforma Agrária

Na manhã desta terça-feira, 15, cerca de 400 militantes dos diversos movimentos sociais que formam a Via Campesina em Santa Catarina ocuparam o INCRA. Também realizaram na Universidade Federal de Santa Catarina uma aula aberta sobre a questão do petróleo e também entregaram pedidos para a Fundação do Meio Ambiente (FATMA), órgão estadual do meio ambiente, para denunciar a situação dos Atingidos por Barragens no Estado.

Via Campesina ocupa fazendas e prefeituras em São Paulo

Cerca de 300 famílias ocuparam a Fazenda União na região de Iaras, município de Borebi. A área faz parte do núcleo colonial monções, um conglomerado de 40 mil ha de terras públicas da união invadidas por empresas do agronegócio e fazendeiros.

Em Ribeirão Preto, assentados ocuparam a Prefeitura Municipal e o prédio da Caixa Econômica. O objetivo é reivindicar o direito das famílias acessarem o crédito destinado para a construção de moradias.

Na Paraíba movimentos fazem marcha pela Reforma Agrária e contra a violência no campo

Cerca de 2.500 camponeses realizam marcha pela Reforma Agrária, escolas e fim da violência no campo. Desde a manhã de segunda feira, 14, eles saíram do acampamento Wanderley Caixe, na Cidade de Caaporã, divisa da Paraíba e Pernambuco, em direção a cidade de João Pessoa. Foram dois dias de marcha e mais de 70 km de caminhada rumo a capital da Paraíba pela BR 201.

Além de denunciar e cobrar ações do governo federal e estadual sobre a violência sofrido pelo homem do campo materializadas nessa semana pelos jagunços contratados pela Usina Maravilha que entraram armados no último sábado, 05, em busca de uma liderança do MST no acampamento Wanderley Caixe.

Os trabalhadores rurais ficarão mobilizados durante toda a semana fazendo lutas na cidade de João Pessoa.

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