COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

O Encontro Ampliado da Articulação das Comunidades e Povos Tradicionais teve início nesta quarta-feira e segue até amanhã (16), no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia, Goiás. O evento avalia a conjuntura e as ameaças que envolvem as populações e comunidades tradicionais, no intuito de construir perspectivas para a luta desses grupos no país. Confira:

 

Por assessoria de comunicação do Encontro Ampliado da Articulação das Comunidades e Povos Tradicionais

Desde a manhã de ontem, 14, acontece o Encontro Ampliado da Articulação das Comunidades e Povos Tradicionais no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia, Goiás. Estão reunidos representantes das populações indígenas, quilombolas, vazanteiros, fundo e fecho de pasto e das comunidades pesqueiras de todo Brasil, além de assessores da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), do Conselho Indigenista Missionário (CIMI ), da Cáritas e da FASE. O encontro, que acontece até a manhã dessa sexta-feira, 16, avalia a conjuntura e as ameaças que envolvem as populações e comunidades tradicionais, no intuito de construir perspectivas para a luta desses grupos no país.

O momento dá continuidade ao processo de debates que vem reunindo comissões da articulação que discutem as ações vinculadas ao modelo adotado pelo Estado no qual a soberania dos povos é violada em nome de um processo exploratório do território nacional. A articulação trabalha na construção de estratégias para que os grupos tradicionais criem formas de resistência diante dessa conjuntura adversa.

“Quando eu conheço a luta de outras comunidades, percebo que estamos envolvidos nos mesmos problemas, justamente por não seguirmos uma lógica capitalista, como nos impõe o governo. Por exemplo, a Petrobrás está em todo canto destruindo nossa cultura, nossos saberes e sabores, trazendo pra gente doenças com a poluição, retirando da gente nosso território. Daqui vou levar novas formas de enfrentamento para fortalecer o trabalho de base que eu já faço na minha comunidade”, comenta a pescadora artesanal de Ilha de Maré, na Bahia, Eliete Paraguassu.

A partilha de experiências e a mística própria dos povos e comunidades tradicionais estão sendo o ponto alto do encontro. Diversas situações de violências vividas pelos povos também estão sendo denunciadas, como o caso do Quilombo Rio dos Macacos, na Bahia, que sofre constante pressão da marinha brasileira.

O encontro ruma para a formulação de ações para que a luta das populações e comunidades tradicionais seja fortalecida, o que aponta a importância do momento para a situação atual desses grupos. “Esse momento é fundamental, pois o que é discutido aqui não é debatido nos espaços proporcionados pelo governo. É um espaço onde as comunidades é que fazem a reflexão da realidade onde vivem, e onde um pode ouvir o outro. Podemos refletir o passado e o que estamos vivendo hoje para ver o futuro. E esse debate precisa se ampliar mais”, comenta o representante dos povos indígenas  do Acre, Ninawa Hunikui. 

 

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