COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Oito mil pessoas participaram da 30ª Romaria da Terra e das Águas de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, entre os dias 6 e 8 de julho de 2007. Trabalhadores e trabalhadoras rurais, quilombolas, vazanteiros, geraiseiros, caatingueiros, indígenas, pescadores, moradores de fundo de pasto, ribeirinhos, assentados, acampados, atingidos por barragens e demais participantes da 30ª Romaria da Terra e das Águas, estavam nessa romaria que teve como tema “Terra e Água para que todos tenham vida”.


30ª Romaria da Terra e das Águas de Bom Jesus da Lapa

"Terra e Água para que todos tenham vida"

Oito mil pessoas participaram da 30ª Romaria da Terra e das Águas de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, entre os dias 6 e 8 de julho de 2007. Trabalhadores e trabalhadoras rurais, quilombolas, vazanteiros, geraiseiros, caatingueiros, indígenas, pescadores, moradores de fundo de pasto, ribeirinhos, assentados, acampados, atingidos por barragens e demais participantes da 30ª Romaria da Terra e das Águas, estavam nessa romaria que teve como tema “Terra e Água para que todos tenham vida”. Na ocasião os e as participantes pediram a suspensão do projeto de Transposição do rio São Francisco. Assim colocaram em um carta encaminhada ao presidente Lula:

“Apresentamos-lhes por essa carta pública as discussões realizadas nos plenários temáticos deste evento e reivindicamos um posicionamento dos poderes brasileiros - executivo, legislativo e judiciário - com relação à proposta de Transposição das Águas do São Francisco.

Temos sido vítimas de uma proposta insustentável de desenvolvimento que tem destruído nosso rio São Francisco e nossas vidas. Esse projeto nos mata um pouco a cada dia. Ele é responsável pelo aumento da desigualdade social e racial, degradação ambiental e o acúmulo de renda nas mãos de poucos que encontram-se reféns da lógica do capital internacional. Este modelo tem gerado como principais problemas à concentração da terra, a privatização das águas, a poluição dos aqüíferos, o êxodo rural, a perda da diversidade cultural, o desmatamento, o assoreamento dentre outros.

Esses problemas são agravados pela arbitrariedade dos governos, que de forma autoritária e intransigente, apresentam propostas desligadas da realidade das populações locais, o que mostra o desrespeito dos governantes com o povo do vale do São Francisco, que tem sido coibido de decidir os rumos da nossa própria região. Exemplo dessas arbitrariedades é a proposta da Transposição do São Francisco, que objetiva levar água para o nordeste setentrional, a fim de fortalecer o agronegócio, a carcinicultura, a siderurgia e a indústria, ou seja, garantir água para um elitizado desenvolvimento econômico em detrimento do desenvolvimento social e das necessidades dos mais pobres.”

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